A inseminação é indicada para os seguintes casos:

• Infertilidade sem causa aparente (ISCA);
• Mulheres com disfunções ovulatórias;
• Endometriose leve ou moderada, com pelo menos uma trompa uterina sem obstrução;
• Fator masculino leve, com mobilidade e contagem seminal prejudicada, mas que adquire qualidade seminal adequada após o processamento seminal;
• Produção independente e casais homoafetivos femininos.

Tipos

A inseminação intrauterina pode ser:

• Inseminação homóloga: quando é utilizado o sêmen do parceiro;
• Inseminação heteróloga: quando é utilizado o sêmen de um doador.

A IIU é realizada em quatro etapas:

1. Estimulação ovariana: No segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual, inicia-se a estimulação ovariana com uso de medicação hormonal. Essa medicação é administrada por via oral ou subcutânea e tem como objetivo estimular os ovários a produzirem de 1 a 3 folículos.
2. Indução da ovulação: Quando o folículo atinge 18 mm de diâmetro, administramos outro hormônio, o hCG, que provoca a ruptura dos folículos cerca de 36 horas depois de sua administração. O óvulo sai do ovário em direção à tuba uterina, onde poderá ser fecundado pelo espermatozoide.
3. Coleta e capacitação do sêmen: O sêmen do parceiro ou de um doador é coletado e preparado em laboratório para melhorar a sua qualidade.
4. Inseminação: A amostra de sêmen é injetada por um cateter diretamente na cavidade uterina para facilitar o encontro dos espermatozoides com o óvulo. O procedimento é indolor e rápido, não havendo necessidade de sedação.

A taxa de sucesso da inseminação artificial depende de diversos fatores, como a idade da mulher, a qualidade do sêmen e a presença de outros fatores de infertilidade.

Em geral, as taxas de sucesso da inseminação artificial são de:

• Até os 35 anos: 20% a 25% por ciclo;
• Entre 35 a 39 anos: 15% a 20% por ciclo;
• Acima dos 40 anos: 5% por ciclo.

Caso o procedimento não seja bem-sucedido, é importante avaliar se é válido fazer uma nova tentativa ou se é hora de seguir para a FIV.