O primeiro ultrassom obstétrico é um momento de muita emoção e uma oportunidade para ver o desenvolvimento inicial do bebê
Após o resultado positivo no teste de gravidez, seu médico provavelmente solicitará o primeiro ultrassom obstétrico. Este exame é fundamental para confirmar diversos aspectos importantes para o desenvolvimento da gestação:
- Localização do saco gestacional: o exame verifica a presença e se o saco gestacional está localizado dentro do útero, descartando uma gravidez ectópica (fora do útero).
- Número de embriões: O ultrassom permite verificar se você está esperando um único bebê ou múltiplos (gêmeos, trigêmeos etc.).
- Idade gestacional: O ultrassom ajuda a determinar a idade gestacional do bebê, crucial para acompanhar o desenvolvimento e estimar a data provável do parto.
Quando pode ser feito o primeiro ultrassom obstétrico?
Você pode realizar o primeiro ultrassom via transvaginal a partir da 5ª semana de gestação ou quando a dosagem de Beta hCG estiver acima de 1.500 mUI/mL. No exame, espera-se visualizar o saco gestacional, essencial para o desenvolvimento e a proteção do bebê nos primeiros meses de gestação.
No exame também é possível visualizar a vesícula vitelínica, também conhecida como saco vitelínico. Essa pequena estrutura localizada dentro do saco gestacional fornece nutrientes ao embrião até a formação da placenta.
A presença do saco gestacional e da vesícula vitelínica dentro do útero, mesmo que o embrião ainda não seja visualizado, confirma a existência de uma gestação intrauterina, ou seja, dentro do útero.
Quando vou ouvir o coraçãozinho do bebê?
Após a 6ª semana de gestação, geralmente se visualiza o embrião, sendo possível escutar os batimentos cardíacos entre a 6ª e a 7ª semana. O tão esperado som do coraçãozinho confirma que o bebê está se desenvolvendo dentro do útero.
Problemas com o saco gestacional no ultrassom
O saco gestacional normalmente apresenta contornos regulares. No entanto, quando ele apresenta contornos irregulares, assimétricos, saco decidual ou implantação baixa, pode indicar que a gestação não está evoluindo como esperado
Além disso, se o saco gestacional se forma, mas não contém embrião dentro, isso sugere uma gravidez anembrionada, em que o óvulo fecundado se implantou no útero, mas o embrião não se desenvolveu.
Saiba mais sobre gravidez anembrionada: Gravidez anembrionária: entenda
Problemas com a vesícula vitelínica
O ultrassom também pode detectar anormalidades na vesícula vitelínica. Por exemplo, o aumento do tamanho da estrutura, também conhecido como vesícula vitelínica hidrópica. Normalmente, a vesícula é maior que o embrião, mas não deve exceder duas vezes o seu tamanho.
Porém, se a vesícula vitelínica estiver significativamente maior do que o esperado, isso pode indicar problemas no desenvolvimento do feto. Nesses casos, o médico pode recomendar a repetição do exame de imagem em alguns dias para monitorar a situação.
Os ultrassons podem prejudicar o bebê?
O ultrassom utiliza a emissão de ondas sonoras para formar imagens, sem o uso de radiação, tornando-o um exame seguro para a gestante e o bebê. Portanto, o ultrassom obstétrico não prejudica o desenvolvimento do bebê e pode ser realizado nas consultas do pré-natal, caso o obstetra tenha o equipamento no consultório
Embora os benefícios do ultrassom obstétrico sejam indiscutíveis, é essencial realizar o exame conforme a indicação do obstetra. O uso excessivo de ultrassonografias durante a gestação, embora seguro para o desenvolvimento do bebê, pode intensificar a ansiedade dos pais. Além disso, repetir os exames em intervalos muito próximos contribui para interpretações equivocadas devido às variações naturais nos resultados. Essa confusão pode impactar a tranquilidade dos futuros pais, causando preocupações desnecessárias. Portanto, seguir as recomendações médicas e realizar os ultrassons nos momentos apropriados é crucial para garantir uma gestação saudável e tranquila.