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Vale a pena fazer coito programado?

O coito programado ajuda a identificar o melhor momento para o casal ter relações sexuais. Veja se essa técnica é a escolha ideal para você!

O coito programado, também conhecido como namoro programado ou relação sexual programada, se destaca como uma das técnicas mais simples na medicina reprodutiva. Por ser uma técnica de baixa complexidade, você pode realizá-la diretamente no consultório médico, sem a necessidade de um laboratório de embriologia. Assim, o coito programado se torna uma alternativa mais acessível e geralmente com um custo menor em comparação com outras técnicas, como a fertilização in vitro (FIV).

Então, será que vale a pena optar por essa técnica? Vamos explorar juntos os prós e contras do coito programado para que você tome uma decisão bem-informada e alinhada às suas necessidades.

O que é o coito programado?

O coito programado é uma das técnicas mais antigas para ajudar a engravidar. Os médicos monitoram cuidadosamente o ciclo menstrual da mulher usando ultrassons transvaginais. Esse monitoramento permite determinar a janela do período fértil. Com essas informações, o casal recebe orientações para ter relações sexuais nos dias mais propícios, aumentando assim as chances de fecundação do óvulo e, consequentemente, de gravidez — daí o nome “coito programado”.

Você pode optar por realizar esse método de duas maneiras: apenas acompanhando o ciclo menstrual natural ou combinando-o com medicamentos indutores da ovulação, que ajudam a otimizar o processo. Quer entender como funciona cada etapa? Confira aqui o passo a passo do coito programado.

Depois da ovulação e da relação sexual, o casal deve esperar 15 dias para realizar o teste de gravidez.

As principais indicações para o coito programado incluem:

  • Mulheres jovens (abaixo de 37 anos) que possuem integridade anatômica do sistema reprodutor.
  • Pacientes que enfrentam infertilidade devido a problemas ovulatórios, como anovulação ou irregularidade menstrual.
  • Mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), que podem se beneficiar da identificação precisa do período fértil.
  • Casais com baixa frequência de relações sexuais, que precisam identificar o momento mais oportuno para a concepção.
  • Homens que têm qualidade adequada do sêmen, com pelo menos 5 milhões de espermatozoides móveis.

Medicações que pode ser utilizados:

  • Citrato de Clomifeno
    O citrato de clomifeno é uma medicação oral de baixo custo, utilizada desde 1965 para induzir a ovulação. No entanto, estudos recentes mostram que essa medicação pode prejudicar o espessamento do endométrio e o muco cervical, o que pode afetar negativamente a implantação do embrião.
  • Inibidor de Aromatase (Letrozol)
    O letrozol, um inibidor de aromatase, é frequentemente usado off-label para estimular a ovulação. Embora não seja aprovado especificamente para reprodução assistida, a prática clínica tem demonstrado benefícios do uso do letrozol. Além disso, a medicação não apresenta os efeitos negativos que o clomifeno tem sobre o endométrio.
  • Gonadotrofinas
    Utilizadas em tratamentos de alta complexidade, como fertilização in vitro (FIV) e criopreservação de óvulos, as gonadotrofinas urinárias e recombinantes também são uma opção para o coito programado. Essas medicações, administradas via subcutânea, têm um custo mais elevado. São indicadas especialmente em casos de anovulação crônica por insuficiência hipotálamo-hipofisária ou para pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP) que não responderam bem aos indutores orais.
  • hCG
    É possível optar por aguardar o pico espontâneo de LH para que a ovulação ocorra naturalmente ou utilizar uma dose única de hCG para simular esse pico e induzir a ovulação. A principal vantagem de utilizar o hCG é garantir que a ovulação realmente ocorra. A relação sexual deve ser realizada entre 24 a 48 horas após o uso do hCG.

Desvantagens do coito programado

  • Taxa de sucesso variável
    As taxas de sucesso do coito programado variam significativamente, principalmente com base na idade da mulher e na presença de fatores adicionais de infertilidade
  • Estresse na relação conjugal
    A necessidade de manter relações sexuais em dias determinados pode, em muitos casos, causar estresse e desgaste na relação do casal, criando, consequentemente, um ambiente emocionalmente desafiador.
  • Risco de Síndrome de Hiperestímulo Ovariano (SHO)
    Embora o risco seja relativamente baixo, ele existe. A SHO pode ocorrer em aproximadamente 1% dos casos devido ao uso de indutores de ovulação.
  • Maior chance de gestação gemelar
    Além disso, o estímulo ovariano pode aumentar as chances de uma gestação gemelar. Estima-se que isso ocorra em cerca de 10% dos casos.

Conclusão

O coito programado determina o melhor período do ciclo menstrual para que o casal tenha relações sexuais e aumente as chances de concepção. Se você é uma mulher jovem (até 37 anos) com um sistema reprodutor saudável e seu parceiro tem uma qualidade adequada do sêmen, esse tratamento pode ser uma opção a considerar.

Embora o coito programado não apresente as taxas de sucesso mais altas em comparação com outras técnicas de Reprodução Assistida, suas vantagens, como a naturalidade do processo e o custo reduzido, podem torná-lo uma escolha atraente para muitos casais. No entanto, evite prolongar o uso dessa técnica por muitos ciclos. Se a gravidez não ocorrer após três tentativas, recomendamos considerar outras técnicas de Reprodução Assistida, como a FIV.

Se você está pensando em tentar o coito programado, entre em contato com a Embrionare. Nossa equipe está pronta para oferecer o suporte e a orientação necessários para tornar sua jornada para a concepção a mais tranquila e eficaz possível.

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